E mais um de Tess para a coleção da Onça

Nada mais conveniente do que terminar de ler "O Pecador" de Tess Gerritsen a poucas horas da noite de Natal. Um livro com um começo meio cansativo mas que para variar, fez a onça não querer mais saber de nada nas últimas páginas.

História bem amarrada onde as descrições de cada autópsia faz arrepiar todo e qualquer pêlo do corpo. Uma loucura.

Que venham os dois seguintes que eu ganhei do meu amigo oculo...Detetive Rizzoli, Dra Isles, não me separo de vocês tão cedo.

Porque a onça não gosta de fim de ano - Natal

Sei que por ser onça não preciso de forma nenhuma justificar ao reino animal porque eu não suporto Natal e ano novo mas, para que possa usar esse link sempre que alguém me perguntar, resolvi desabafar.

Não gosto de Natal porque:

-> presentes devem ser dados de coração e não obrigação. Logo você vê uma loucura de última hora porque você se vê obrigado a seguir o fluxo e também presentear aqueles que com certeza comprarão algo para te presentear. Saco de pensar, saco de escolher, saco de dar algo que não é tão autêntico quanto a onça gostaria

-> para quem tem família, cristã ou não, é uma festa onde deveríamos presar o espírito de renascimento; deixar a pose bonita da fotografia por vezes falsa ser substituída por um laço de sentimentos autentico, verdadeiro e isso quase ninguém se preocupa.

-> há infinitas pessoas que ao longo do ano perderam parentes ou estão num momento que não há clima para comemorações. Natal para essas pessoas é tristeza, é um sofrimento que se inicia na primeira propaganda na tv e só passa dia 26/12. Como me esquecer dessas pessoas? Como não ser altruísta e me solidarizar com essa tristeza? Para a Onça, é impossível

-> ultimo e não menos importante, há famílias inteiras rachadas. A minha, aquela que comecei quando me casei também acabou. Enquanto ela existiu, houve árvore, enfeites, toalhas um desejo de bençãos de noel, quando ela se acabou, também isso se foi, perdeu sentido e mesmo que comece outra família talvez não seja igual. Isso dói a onça e o mundo precisa entender.

Enfim, ninguém precisa ser como eu, nem preciso levantar bandeiras, só queria deixar oficializado para facilitar a consulta daqueles que querem entender minha "natalite"

Um livro dentro de outro

Quando comecei a ler esse livro fui de cara gostando do personagem principal...Gregorius e ao longo das páginas eu me apaixonei por sua loucura.

Por se tratar de um personagem que lê um outro livro o tempo todo, a sensação que se tem é de ler dois livros ao mesmo tempo...um filosófico e outro de alguém que se permite ao menos um pouco, deixar-se para trás e buscar algo inspirador.

É doce, sensível, delicado....adiei muitas vezes ler as últimas páginas porque não queria que acabasse.

O lado romântico da onça (que persiste em existir), esperava um fim mais doce mas, trata-se da vida e ela sempre acaba com portas que se fecham de um lado...e abrem de outro.