sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Eu e as festividades

A lembrança mais perfeita do quando eu comecei a detestar eventos sociais e festividades me remete ao maldito "venha falar ao telefone e dar feliz "seja la que merda" a alguém". Não há no mundo coisa mais detestável que forçar crianças a participar de coisas que não tem o menor sentido para elas. Criança é sincera se gosta quer se relacionar se não gosta não disfarça.

Meus dias de aniversário melhoraram quando eu decidi desligar o celular e deixar uma mensagem de voz agradecendo a ligação. Muita gente chata deixou de me ligar nesse dia portanto, super recomendo.

O meu mundo é muito simples: não há dia para dizer que amo nem desejar o melhor para quem importa para mim. Todo dia é dia. Quanto a presentes, adoro. Passo num lugar vejo algo que lembra alguém compro e dou. Tem todo meu coração tudo aquilo que guardei de informação sobre a pessoa querida.  Entendo perfeitamente que tenham pessoas que adoram as festas e com meu super cérebro lembro os aniversários e faço super posts se tiver inspiração. 

E no dia do meu aniversário? É divertidissimo. Todo o mês de setembro tem um retardatario ou algum apressadinho. E quem não lembra? Não lembrar quer dizer gostar menos de mim? Sinceramente, não. A quem nos importa, essas datas não se apagam e isso é o fato.  Surpreendentemente temos também humaninhos que tem memória volátil e a gente precisa entendê-los. Eles amam que você os lembrr que está chegando o dia.

Amanhã iniciamos a semana que todo mundo adora opa, pera aí, todo mundo não. Natal é a festa mais falsa do universo. Famílias e mais famílias cujo espírito cristão passou pra lá de marraquesh se unem ou mandam mensagens numa enorme corrente de convenções sociais e com minha leitura, falsidades. Dos pés dos meus 12 anos de aulas de religião (ou melhor de catolicismo), sentimentos muito distantes do que se esperava para a celebração do nascimento de um salvador.

Imaginem vocês com seus bebês rodeados de tanta hipocrisia no dia no nascimento da criança? Cruz credo. É a festa do comer, beber, exibir, competir.

Zilhões de pessoas sem familias sofrem nas festividades. Esse ano preparei o jantar de fim de ano em um centro para mulheres violentadas, naqueles olhos não havia o menor sentido celebrar. Olhe ao redor, faz sentido essa futilidade?

O mundo está caótico, 2016 foi o ano do odiar geral e eu preferiria ver todo mundo junto tentando fazer um ano melhor do que simplesmente "desejando" que algo caia do céu por descuido.

Considerem então esse meu post para a posteridade: felizes natais, felizes páscoas e felizes anos novos de hoje até o fim dos nossos dias.