terça-feira, 19 de março de 2013

A distância entre nós

O livro tem um enredo meio óbvio mas no fim você acaba dizendo: que droga ser tudo assim mesmo. Não pela história ser óbvia mas é porque é real.
Você pode centralizar o foco da leitura no drama da menina Maya e ser muito duro pensar numa vida sofrida porém com pinceladas de doçura do amor familiar. Outra opção é ver a história da madame Serabai que sofre horrores na mão da sogra e do marido Feroz e achar que é mais uma das muitas histórias de mulheres espancadas por marido que acreditam que vai ser diferente. A última opção é você olhar a luta de Bhima, avó de Maya e empregada de Serabai.
Li o livro em 5 dias mas chega um momento que não dá para não terminá-lo. Inevitavelmente você vai querer que a parte mais fraca dê aquela virada em tudo, supere, vença, sobressaia e vai continuar desejando isso até mesmo depois que o último parágrafo for lido.
Dependendo do momento de sua vida algumas lágrimas vão aparecer. Se vierem, que sejam bem vindas. Há muitas distâncias no nosso mundo, há muitos massacres em toda história e o livro de Thrity nos dá só uma pitada delas.
Compre, empreste se quiser arejar a cuca. Nada de filosofar. Não é mesmo para isso.

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