sábado, 7 de janeiro de 2017

A brasileirofobia - Uma doença a ser tratada

Me irritei,me irritei, me irritei.

Uma das piores coisas na vida é a ignorância.No meu mundo, classifico o ignorante em 2 grupos: o analfabeto (com suas nuances), e os graduados. Posso entender que uma pessoa que nasceu e cresceu no "mato" e sem interesse nenhum no mundo resuma sua vida e suas referências ao seu pequeno mundo. Tenho mais paciência com esses ignorantes porque sendo escolha ou não, há pouco conhecer e pouca amplitude da visão. Tudo bem.

O grupo dois eu tenho 0 paciência. Comece a frase com: coisa de brasileiro e siga num contexto pejorativo que meu sangue começará a ferver. Se você é desses, melhore sabe? A pessoa nasce, cresce, se forma, reproduz e morre no mesmo pedaço de terra e aquilo é sua referencia para tudo no mundo. "Queguido" vá completar seu país até chegar no  8.515.767,049 km e aí faça sua resenha. Acabado isso vá viver em uma cidade de tamanho equivalente à sua em qualquer outra parte do mundo. Fique nela pelo menos 3 anos e faça uma nova resenha.

Eu nunca ouvi um Belga falar mal do próprio país sabia? Isso faz deles melhores que nós? Não, mas a impressão eu confesso ser bem melhor. Dado ao fato que meu quadro de amizades é muito mais latinofonico que qualquer outra coisa, devo confessar que talvez a síndrome de colocar o próprio país na merda tenha a ver com a raiz linguística. O diálogo será sempre isso é ótimo, isso é maravilhoso e terminará mas A, B, C são uma merda. Fica aqui declarado que não convivo com franceses e a única romena que conheço não fala de seu país então minha opinião exclui ambas.

Em um futuro não muito distante quero morar em outro país, por mais três anos e ver ainda mais quão equivocados somos quando avaliamos um lugar pelas fotos ou dias de férias que passamos. Uma cidade só se conhece verdadeiramente vivendo nela, pagando contas, indo ao mercado, bancados sempre com seu salário. Uma realidade vivida na íntegra. Qualquer outra coisa, no meu mundo, são férias, brincando de morar fora.

Nasci em Cambé e detestava, fui pra Londrina e foi menos pior porém ainda ruim porque os valores sociais não casavam com os meus. Fui para o Rio e a vida com chinelos casou comigo. Queria ter outra experiência em São Paulo para falar mais, queria muito dar a ela a possibilidade de se mostrar como eu imagino ser o potencial de maior cidade da américa do sul. Buenos Aires o melhor resumo me deu o Lele: ou você cai em um buraco ou pisa na merda. Roma segundo um outro colega deveria ter sumido do mapa e hoje com sua chineirização eu concordo que precisamos de um outro Nero. Bruxela não é caótica se você morar bem e não usar carro para nada e aliás nem tiver carro e os motivos estão em meus vários outros posts sobre isso.

O mundo que eu passei, que contém culturas e cidades diferentes onde vivi no mínimo 2 meses e no máximo 14 anos, me permitem dizer que o ser humano é em sua grande maioria o erro não importando o lugar nem a nacionalidade. Eu prefiro usar meu no meu discurso, e corrigir os ignorantes, dizendo não é o brasileiro, é o humano. Espero que ao menos a diferença o ouvinte (e nesse caso o leitor) saiba fazer.

Beijos da onça meio sem esperança de melhoras.

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